terça-feira, 20 de janeiro de 2009

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Rugby, um jogo para gente bem educada

João Paulo Bessa já nos habituou às suas intervenções cheias de sabedoria e criticas às gentes do rugby, este texto vem num momento em que a suposta crise mundial está a afectar também o rugby(e sem razões nenhumas). Tirem as vossas conclusões individuais e colectivas!

"Nós, gente do rugby, gostamos, mostrando o diferente que nos sentimos, de publicitar a definição do jogo no conceito "um jogo de rufias jogado por gente bem-educada" - já não por cavalheiros porque, como também sabemos, os homens não são únicos na modalidade.

E há toda uma profunda razão para o definirmos assim. Desde sempre o jogo de rugby tem uma ética própria subordinada a um conjunto de valores que se estabelecem no seu "Código do Jogo". De facto, existe toda uma maneira de estar que se pretende diferente e tradutora de uma cultura distinta em que o respeito, o "fair-play", o espírito colectivo de equipa, o companheirismo, a abnegação, a boa educação constituem algumas das componente de valores e atitudes que formatam a envolvente do jogo.

E assim sendo, é natural que possamos utilizar, com orgulho, a marca da diferença - um amigo meu, médico e frequentador internacional de estádios de futebol, viu, pela primeira vez, um jogo de rugby no França-All Blacks do centenário da FFR: não julgava possível, dizia, a confraternização permanente entre os espectadores adversários que o rodeavam. Espantado, tornou-se adepto.

Mas se pretendemos sê-lo, devemos, no mínimo, parecê-lo. E o que se passa à volta dos nossos campos em dia de jogo não pertence a este mundo edílico que pretendemos transmitir aos de fora. Espectadores, antigos jogadores na sua maioria, insultam árbitros e adversários, chamam nomes a quem bem querem e comportam-se como rufiotes numa constante demonstração arruaceira, deixando - para inglês ver - a proclamação da pretendida boa educação.

O jogo de rugby não é fácil de gerir. Os árbitros, como os jogadores, têm dificuldades na análise da sequência pela rapidez da acção e pelo número de intervenientes. Mas próximos e se pertencentes ao mesmo patamar, vêem melhor e analisam quase sempre melhor. E, na grande maioria dos casos, tomam a decisão correcta e são os espectadores que, ignorantes da Lei, protestam violentamente, impondo a emoção à razão, pressionando para que a sua cor, apesar de faltosa, deixe de ser "roubada!".

Nada deste comportamento se justifica ou ajuda o rugby português no seu desenvolvimento e progressão. Pelo contrário: desfocaliza jogadores, pressiona treinadores e árbitros de forma desadequada, retira lucidez aos intervenientes e transforma o jogo num espectáculo nada dignificante e que só diminui o campo de influência da modalidade.

Precisamos de melhorar todos os dias o rugby que se joga em Portugal. Para o que necessitamos de melhores treinadores, melhores jogadores, melhores árbitros, melhores dirigentes. Numa vontade que dispensa claramente os piores exemplos da Blood, Sweat and Beers de antanho.

E se, em vez deste comportamento trauliteiro e para começar o novo ano, fizéssemos um esforço para aprender as Leis do Jogo e a sua aplicação prática? Um esforço para que os treinadores fossem exigentes com os seus jogadores, educando-os de acordo com as Leis do Jogo; um esforço dos dirigentes para imporem o rigor das Leis do Jogo nas equipas dos seus clubes e decente comportamento aos seus adeptos; um esforço dos espectadores para que se comportassem como gente bem-educada. E se não há, como também sabemos, jogos sem árbitros e para um futuro com tudo a correr pelo melhor, porque não tentar uma parceria: criar o hábito de convidar os árbitros para se treinarem semanalmente com os diversos clubes.

Talvez assim pudéssemos fazer compreender a marca da nossa diferença: no Rugby, a vitória, sendo importante, não é o mais importante; o mais importante é poder pertencer a uma comunidade muito especial - a comunidade rugbística.

Lisboa, 1 de Janeiro de 2009

João Paulo Bessa"

in site da FPR

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Próximas acções da EJA

A Escola de Jovens Árbitros (EJA) é um projecto de esperança com o objectivo de dar a conhecer a todos o outro lado da arbitragem (o bom). Pretende valorizar o papel do árbitro como formador de jovens e como "condutor" de um jogo leal e seguro.

Próximas acções da EJA:

ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO SUB 14
É já no próximo dia 15 de Janeiro em Lisboa que decorrerá mais uma acção de arbitragem inserida nos Estágios de Aperfeiçoamento sub 14. Com início marcado para as 19h, vamos abordar as Leis da Placagem e Ruck (Lei 15 e 16), leis estas que causam sempre muitas dúvidas! Os conteúdos abordados serão "postos em prática" em várias alturas da sessão prática dos sub 14. Mais uma vez relembramos que a participação dos atletas de cada clube neste estádio depende da participação de pelo menos um árbitro. APAREÇAM

CONVÍVIO PORTUGAL vs RÚSSIA
No dia 7 de Fevereiro as T-shirts do "EU APITO" vão encher o Estádio Universitário de Lisboa no grande convívio que irá anteceder o Portugal-Rússia! Convidam-se TODOS os atletas Sub 14, Sub 16, Sub 18, Sub 20, Seniores e Veteranos a agarrar no apito e arbitrar uns jogos de miúdos. É uma excelente oportunidade para experimentar o apito pela primeira vez e conhecer melhor as Leis de Jogo!


"EU JOGO MAS TAMBÉM ARBITRO!"